quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Vertigem



Clandestino em mim,
perdido no tempo.
Me deixe só,
em um ritmo qualquer de pensamentos.

Tomando qualquer rumo incerto,
engolindo uma derrota qualquer.
Ignorando o que não tem perdão,
Agindo sem uma explicação sequer.

Os sonhos passam,
em queda livre,
em uma vertigem qualquer.

No ritmo de nossa resistência,
os anseios se vão.
Em seu próprio ritmo de sobrevivência.

Izuara Beckmann,
07 de Outubro de 2012.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Fantasmas



Onde vão dar os caminhos que não tomamos?
Que ainda existem um pouco em nós?
Pra que lado foi o que não escolhemos?
Tudo tão diferente do que hoje temos.

Volta e meia, ainda voltamos ao mesmo lugar.
Alguma decisão não tomada ainda nos persegue.
Uma frase não pontuada continua na mente a vagar,
procurando qualquer chance de continuar a inquietar.

Onde foi escrita a história que decidimos não viver?
O que foi feito do destino que resolvemos não traçar?
Quem sabe o rumo certo pra poder tomar?
Quem pode saber onde tudo isso vai dar?

Tudo continua por aí,
lembranças espectrais a encarar.
Tudo continua aqui,
como fantasmas a assombrar.

Izuara Beckmann,
04 de Outubro de 2012.