sexta-feira, 1 de junho de 2012

Rimas Soltas (adaptado*)




Quero rimar esses versos,
quero que rimem com meu sentimento hoje,
com minha indecisão e imprecisão,
com os desejos mais íntimos do coração.

Quero que tragam a rima do dia-a-dia,
o imperceptível em sua melodia...
Quero que traduzam os olhares,
apesar dos pesares...

Quero que discorram sobre emoções ainda sem nome.
Quero que falem do antigo,
aquilo, indefinido, ainda sem resposta
de tom amarelado, poético e esquecido.

Quero que capturem a simplicidade,
o óbvio, o ignorado e o disperso.
Quero que rimem com felicidade,
que talvez ainda seja rumo incerto.

Quero rimá-los em rimas soltas,
em um ritmo singelo.
Ainda que pareçam tolas,
formem juntas um tom belo.

Quero que forjem um novo prosseguir,
e aqui não seja sua última passagem.
Quero que continuem em cada sentir,
em cada detalhe desta paisagem.

Quero que expressem, nem dor nem alegria,
talvez algo ainda sem tradução.
Que não digam mais do que precisam dizer,
e não voem além da imaginação.




Izuara Beckmann.
Adaptado em 31 de Maio de 2012.

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A versão original da poesia pode ser encontrada em Rimas Soltas.
** Poesia adaptada também publicada no Portal Quinari.



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